O ESPELHO
(Maria do Carmo Barreto Campello de Melo)
Quando o dia começou a amanhecer em mim
eu fui o obstáculo do meu dia
Agora vivo um estranho anti - tempo
as brisas paradas
interv-alo dist-ânsia
entre portões abertos.
Mas meus olhos um dia
( ontem, hoje, amanhã)
foram flor/odor foram cor
e o Dia pede passagem em Mim,
espelho decepado
Por isso
Amanhã/ontem/hoje
devo re-começar
devo re-começar
e atar os fios do meu dia part-ido
Ainda não posso morrer:
tenho que mastigar todas as coisas
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