domingo, 23 de junho de 2013




"Às vezes é preciso dormir, dormir muito.
Não para fugir, mas para descansar a alma dos sentimentos.
Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada,
sabe quão difícil é engolir a vida.
Porque tudo, absolutamente tudo, devora a gente.
Inteira." (Marla de Queiroz)


quinta-feira, 20 de junho de 2013

A PASSEATA É CONTRA VOCÊ, SABIA?


(Imagem: Fabio Mota (Estadão))

Vamos aproveitar o momento para repensar nossas atitudes. Pequenos delitos diários cometidos por todos nós também contribuem para a desmoralização do País. Não podemos mais ser o País do "jeitinho".

A PASSEATA É CONTRA VOCÊ, SABIA?
O brasileiro se levantou contra toda essa corrupção e violência. Um senso de indignação generalizado, de já ter tolerado demais, apanhado demais.
Mas se você foi à manifestação e usa carteirinha de estudante para ter meia-entrada, mas não é estudante, você é parte do problema. Você não tem moral para reclamar da corrupção deste país. O nome disso é hipocrisia.
(Reclame mesmo assim, por favor, porque são dois problemas diferentes.)
Se você joga bituca de cigarro no chão, você trata a cidade como o seu lixo particular. Mas a cidade é de todo mundo. As ruas estão nojentas e a culpa é sua.
A manifestação é contra você.
Ah, você é ciclista, todo orgulhoso de ser sustentável, um carro a menos, menos trânsito e CO2. Você reclama da opressão do carro, mais forte, contra a bicicleta, o mais fraco. Mas você não para no sinal. Não respeita a faixa de pedestres. Você até anda na calçada, tornando-se o opressor do pedestre.
Não se iluda: a manifestação é contra você.
Você leva o cachorro para passear e não recolhe o cocô. Ninguém admite, mas o resultado está aí: nossas calçadas são um mar de merda. Calçada não é a privada do seu totó.
A manifestação é contra você.
Você joga papel no chão, e não faltam desculpas para não fazer o que é certo. Essa merda de prefeitura que não instala lixeiras, né? Ou, saída de estádio, você toma uma cerveja e joga a lata por aí. Ah, todo mundo estava jogando. Depois vem o cara limpar. A responsabilidade não é do estado. É sua. E você, manifestante, não pode se esquivar a ela nos outros 364 dias da sua vida.
A manifestação é contra você.
Você não cumprimenta o porteiro. Você exagera horrivelmente no perfume e invade o nariz do outro. Você dirige bêbado. Você põe um escapamento superbarulhento na sua moto, que dá para ouvir a quarteirões de distância, incomoda todo mundo e compra um capacete que ajuda a isolar o som. Você obriga todo mundo do ônibus a ouvir a sua música. Você suborna o guarda ou qualquer outro serviço público. Ou ainda, você escreve textos como este, apontando o dedo contra delitos que já cometeu ou ainda comete, achando que dedo em riste exime você da responsabilidade.
Você é parte da violência. Você é parte da corrupção. Se você não mudar, o país não vai mudar. Mas não adianta todo mundo apenas demandar que “o poder” conserte as coisas. Quer mudar o país? Não esqueça de mudar a si mesmo, e pagar o preço da mudança, como um adulto.
Então, vai pra rua, que estava na hora. Mas não esquece: a manifestação é contra você. (Renato Kaufmann*)

*Inspirado em um texto lindo e corajoso da Duda Buarque.






quarta-feira, 19 de junho de 2013


Que fique claro que o protesto é contra a corrupção!
Porque tem muita gente querendo se aproveitar do momento para tornar o protesto contra o governo atual. Muita "raposa velha" se aproveitando disso pensando na campanha pra presidente em 2014.